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Tag Archives: Marc Chagall

Um desgosto de amor em quadras de Fernando Pessoa

20 Quinta-feira Set 2018

Posted by viciodapoesia in Poetas e Poemas

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Fernando Pessoa, Marc Chagall

Sabem os leitores da poesia de Fernando Pessoa (1888-1935) quanto o poeta cultivou com talento, toda a vida, a quadra popular e o quarteto, usados em poemas tão famosos como p.ex. Canção: Sol nulo dos dias vãos / …, ou no poema Autopsicografia: O poeta é um fingidor / … .

Em Fevereiro de 1920 surgem algumas quadras dando conta de um desgosto de amor, supõe-se que por Ophélia Queiroz, a destinatária das famosas cartas de amor. Alguns poemas dão disso conta. Escolho dois: uma quadra, e uma sequência de três quadras. Mas antes do relato do desgosto amoroso, leiamos a fase da harmonia amorosa no desejo da sua constante fruição, numa saborosa descrição do desconforto da ausência da amada:  

 

Quando passo o dia inteiro
Sem ver o meu amorzinho,
Corre um frio de Janeiro
No Junho do meu carinho.

 

 

Não se encontrando datada esta quadra, não avaliamos por aqui a distância entre esta impaciência e o desgosto do fim do enlevo amoroso relatado a 24.02.1920:

 

Meu amor já não me quer,
Já me esquece e me desama.
Tão pouco tempo a mulher
Leva a provar que não ama!

 

Aqui chegados, poderia supor-se que era apenas um arrufo de namorados, mas, afinal não fizeram as pazes, e dois dias depois, a 26.02.1920, o poeta derrama em verso a sua desilusão:

…
Vago luar de promessa,
Resto de sombra a morrer
…

 

 

Os complexos motivos da rotura com Ophélia Queiroz são matéria de vasta especulação entre especialistas. Por agora fiquemos tão só com a mágoa do apaixonado posta em poema, fazendo prova  da densidade de leituras a que o poeta nos habituou, relatando a sensação de abismo que atinge apaixonados nos momentos de rotura:

…
Eu da vida que preciso?
O sonho com que a negar.
…

 

 

Eis o poema:

 

Revive ainda um momento
Na ‘sperança que perdi,
Flor do meu pensamento,
Hálito do que morri…

Inútil, irreal sorriso
Na penumbra de pensar…
Eu da vida que preciso?
O sonho com que a negar.

Vago luar de promessa,
Resto de sombra a morrer
Na antemanhã que começa
Ah, ter-te, e nunca viver.

 

 

Anos mais tarde encontro este rememorar uma paixão  que, quiçá, terá sido a mesma:

 

Aquela tarde em que os dois fomos pela
Estrada, amorosos, o que é feito dela?
Jaz vista no passado como a folha
No caminho que vemos da janela
3-1-1934

 

E assim termino esta volta poética por amores e sua consequência num poeta pouco afeito a estes desabafos.

 

Transcrito de Quadras e Outros Cantares, Edição de Teresa Sobral Gomes, Relógio D’Água Editores, Lisboa ,1987.

Abre o artigo a imagem de uma pintura de Marc Chagall (1887-1985), Os Comediantes, acompanhando a postura do poeta entre a vida e a poesia: O poeta é um fingidor / … .

 

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Um poema de Chagall acompanhado de auto-retratos

26 Quinta-feira Dez 2013

Posted by viciodapoesia in Convite à arte

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Marc Chagall

Chagall_Marc-Self_portrait-1928

Só é meu

O país que trago dentro da alma.

Entro nele sem passaporte

Como em minha casa.

Ele vê a minha tristeza

E a minha solidão.

Me acalanta.

Me cobre com uma pedra perfumada.

Dentro de mim florescem jardins.

Minhas flores são inventadas.

As ruas me pertencem

Mas não há casas nas ruas.

As casas foram destruídas desde a minha infância.

Os seus habitantes vagueiam no espaço

À procura de um lar.

Instalam-se em minha alma.

Eis porque sorrio

Quando mal brilha o meu sol.

Ou choro

Como uma chuva leve

Na noite.

Houve tempo em que eu tinha duas cabeças.

Houve tempo em que essas duas caras

Se cobriam de um orvalho amoroso.

Se fundiam como o perfume de uma rosa.

Hoje em dia me parece

Que até quando recuo

Estou avançando

Para uma alta portada

Atrás da qual se estendem muralhas

Onde dormem trovões extintos

E relâmpagos partidos.

Só é meu

O mundo que trago dentro da alma.

Chagall_Marc-Self-Portrait_with_Palette 1917

Neste poema de Marc Chagall (1887-1985), em tradução do poeta Manuel Bandeira (1886-1968) encontramos a chave para pormenores recorrentes da sua pintura, como seja o par vagueando no espaço, as faces duplicadas, e por aí adiante. Mas o poema dá-nos mais: dá-nos o retrato de um homem a quem a vida expatriou nas circunstâncias materiais e morais difíceis das perseguições aos judeus na Rússia de finais do século XIX e início do século XX, e que ficaram como marca de água na sua pintura pela vida fora. De entre o que pintou, encontramos nos auto-retratos uma variedade expressiva que os inclui entre as suas grandes obras, e que a pretexto do poema aproveito para trazer ao blog.

 Chagall_Marc-Self-portrait_with_White_Neck 1914

 

Chagall_Marc-Self-portrait_with_Seven_Fingers 1913-14

 

Chagall_Marc-Self_portrait 1914

Tradução do poema por Manuel Bandeira (1886-1968) publicada em Estrela da Vida Inteira, 20ª edição, 30ª reimpressão, Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 2002.

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De vez em quando Pessoa — hoje, uma Canção e mais alguns poemas

11 Segunda-feira Nov 2013

Posted by viciodapoesia in Poetas e Poemas

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Fernando Pessoa, Marc Chagall

Marc chagall The poetEntre a actividade e o sossego — a lida e a calma chamou-lhe o poeta — enchemos a solidão com o que conseguimos: a banalidade da vida social, as compras inúteis, as viagens em busca de coisa nenhuma, o sossego de um hobbie; e o sabor é sempre o mesmo: Sol nulo dos dias vãos, / Cheios de lida e de calma, …

Por vezes há um tentar enganar a solidão na ilusão de uma alma gémea, procurando Que ao menos a mão, roçando / A mão que por ela passe, / Com externo calor brando / O frio da alma disfarce!

Acontece que a cabeça nos acompanha sempre, não há volta a dar-lhe, e a vida, muitas vezes, acaba por saber ao desencanto dorido de que fala Fernando Pessoa na sua arqui-conhecida Canção que tenho vindo a citar, um dos poucos poemas que publicou em vida, e que hoje trago ao blog:

 

CANÇÃO

Sol nulo dos dias vãos,

Cheios de lida e de calma,

Aquece ao menos as mãos

A quem não entras na alma!

 

Que ao menos a mão, roçando

A mão que por ela passe,

Com externo calor brando

O frio da alma disfarce!

 

Senhor, já que a dor é nossa

E a fraqueza que ela tem,

Dá-nos ao menos a força

De a não mostrar a ninguém!

15-01-1920

 

A perfeição formal do poema, o acerto psicológico no desenvolvimento do assunto, aliados à originalidade expressiva em versos de profundo impacto na melodia da rima, fazem deste CANÇÃO um obra-prima absoluta, e com ela regresso ao convívio do blog depois destas semanas de ausência.

Regista a edição da Poesia 1918-1930 de Fernando Pessoa, neste 15 de Janeiro de 1920, além deste Canção, a composição de mais 2 poemas, dando os três conta do mesmo estado de espírito. Cito as duas primeiras estrofes do poema MADRUGADAS onde o peso do quotidiano — O novo dia trazer-me o mesmo dia do fim / Do mundo e da dor — encontra na forma de uma ode o peso da sua expressão.

 

MADRUGADAS

I

Em toda a noite o sono não veio. Agora

Raia do fundo

Do horizonte, encoberta e fria, a manhã.

Que faço eu no mundo?

Nada que a noite acalme ou levante a aurora,

Cousa séria ou vã.

 

Com os olhos da febre vã da vigília

Vejo com horror

O novo dia trazer-me o mesmo dia do fim

Do mundo e da dor —

Um dia igual aos outros, da eterna família

De serem assim.

…

Não me despeço sem acrescentar mais um registo desta desolada quietação com que a vida por vezes nos surge. Desta feita é um poema de 10-08-1929, agora em verso alexandrino:

 

AQUI NA ORLA DA PRAIA, mudo e contente do mar,

Sem nada já que me atraia, nem nada que desejar,

Farei um sonho, terei meu dia, fecharei a vida,

E nunca terei agonia, pois dormirei de seguida.

 

A vida é como uma sombra que passa por sobre um rio

Ou como um passo na alfombra de um quarto que jaz vazio;

O amor é um sono que chega para o pouco que se é;

A glória concede e nega; não tem verdades a fé.

 

Por isso na orla morena da praia calada e só,

Tenho a alma feita pequena, livre de mágoa e de dó;

Sonho sem quasi já ser, perco sem nunca ter tido,

E comecei a morrer muito antes de ter vivido.

 

Dêem-me, onde aqui jazo, só uma brisa que passe,

Não quero nada do acaso, senão a brisa na face;

Dêem-me um vago amor de quanto nunca terei

Não quero gozo nem dor, não quero vida nem lei.

 

Só, no silêncio cercado pelo som brusco do mar

Quero dormir sossegado, sem nada que desejar,

Quero dormir na distância de um ser que nunca foi seu,

Tocado do ar sem fragrância da brisa de qualquer céu.

10-08-1929

 

Acabemos este itinerário onde a solidão conduz a um persistente sentimento da inutilidade da vida com um soneto de 31-08-1929

 

Nas grandes horas em que a insónia avulta

Como um novo universo doloroso,

E a mente é clara como um ser que insulta

O uso confuso com que o dia é ocioso,

 

Cismo, embebido em sombras de repouso

Onde habitam fantasmas e a alma é oculta,

Em quanto errei e quanto ou dor ou gozo

Me foram nada, como frase estulta.

 

Cismo, cheio de nada, e a noite é tudo,

Meu coração, que fala estando mudo,

Repete seu monótono torpor

 

Na sombra, no delírio da clareza,

E não há Deus, nem ser, nem Natureza,

E a própria mágoa melhor fora dor.

 

Escolhi deliberadamente poemas onde a rima e o rigor de formas tradicionais como a quadra heptasilábica, o verso alexandrino e o soneto estão presentes, de modo a tornar evidente quanto estas não são impeditivas da expressão de profundas reflexões, e bem pelo contrário, o espartilho da forma obriga à concisão verbal e capta o leitor de forma intensa.

 A pintura de Marc Chagall que abre o artigo chama-se O Poeta.

Notícia bibliográfica

Os poemas foram transcritos de Fernando Pessoa, Poesia 1918-1930, edição de Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas e Madalena Dine, Assírio & Alvim, Lisboa, 2005

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E. E. Cummings — dois poemas

27 Quarta-feira Fev 2013

Posted by viciodapoesia in Convite à arte, Poetas e Poemas

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E. E. Cummings, Marc Chagall

Chagall_Marc-Russian_Village_under_the_Moon

Em repouso do sublime, trago hoje dois curtos poemas de E. E. Cummings (1894-1962).

São poemas que celebram a mulher amada, nos antípodas da proverbial ironia, ou mesmo sarcasmo, do poeta, cristalizada nos conhecidos versos:

as senhoras de Cambridge que vivem em almas mobiladas
são desgraciosas e têm pensamentos confortáveis
…

Para a mulher amada encontra não uma alma mobilada, mas

a lua esconde-se no /cabelo dela.,

belos versos a que outros se acrescentam:

quando o meu amor vem ter comigo é
um pouco como música,…

Espero ter-lhe aberto o apetite e deixo-o, leitor, com os poemas na totalidade.

*
quando o meu amor vem ter comigo é
um pouco como música,um
pouco mais como uma cor curvando-se(por exemplo
laranja)

contra o silêncio,ou a escuridão….

a vinda do meu amor emite
um maravilhoso odor no meu pensamento,

devias ver quando a encontro
como a minha menor pulsação se torna menos.
E então toda a beleza dela é um torno

cujos quietos lábios me assassinam subitamente,

mas do meu cadáver a ferramenta o sorriso dela faz algo
subitamente luminoso e preciso

—e então somos Eu e Ela….

o que é isso que o realejo toca

**
a lua esconde-se no
cabelo dela.
O
lírio
do céu
cheio de todos os sonhos,
desce

encobre a sua brevidade em canto
cerca-a de intricados débeis pássaros
com margaridas e crepúsculos
Aprofunda-a,

Recita
sobre a sua
carne
as pérolas

da chuva uma a uma murmurando.

Tradução de Cecília Rego Pinheiro, in livrodepemas, ed Assírio & Alvim, 1999.

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Homenagem a Gogol por Marc Chagall

13 Segunda-feira Ago 2012

Posted by viciodapoesia in Convite à arte, Crónicas

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Marc Chagall, Nicolau Gogol

Quem conheça a obra de Nicolau Gogol (1806-1852) apreciará a eloquência com que esta se encontra condensada na pintura que Marc Chagall (1887-1985) lhe dedicou. Encontramos nela o indizível da surpresa e de non sense que os textos de Gogol nos dão, numa harmonia de colorido em que ao amarelo solar da envolvente, que é ao fim e ao cabo o efeito da escrita no leitor,  se acrescenta o negro do humor com que o personagem pintado se veste.
Há na pintura uma atmosfera de ternura poética que emana da delicada elegância da figura humana, na sua imponderável curvatura, a que a surpresa da escala do palácio, suportado na ponta do sapato, acrescenta a dimensão de absurdo que a escrita do mestre contém.

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Poemas para o Verão: Verão na Cidade de Boris Pasternak

13 Segunda-feira Ago 2012

Posted by viciodapoesia in Convite à arte, Poetas e Poemas

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Boris Pasternak, Marc Chagall

Longe deste verão que agora desfruto, é o Verão das terras gélidas da Rússia de que nos fala este poema de Boris Pasternak (1890-1960), pertencente ao cancioneiro do Dr. Jivago, Iuri Jivago, publicado no final do romance do mesmo nome, originalmente em Itália.
Em vez de sol são aguaceiros e trovoada os protagonistas a dar a atmosfera poética de um amor tumultuoso, ainda que a poesia surja na manhã onde Só as tílias seculares, / Cheias de perfume e flor, / Nos olham com o olhar / De quem passou mal a noite.

VERÃO NA CIDADE

Conversas a meia voz,
E esse gesto impetuoso
Com que afastas os cabelos
De cima do teu pescoço.

E sob o brilho do pente
É que aparece o olhar,
Debaixo do capacete
Dos cabelos ondulados.

A noite quente, lá fora,
Faz prever um aguaceiro.
Dispersam-se os caminhantes,
Matraqueando os passeios.

Do estrondo da trovoada
Ouve-se rolar o eco.
E o vento faz ondular
As cortinas da janela.

Vem a seguir o silêncio
Mas sufoca-se, e não cessa,
Intermitente, a presença
Dos relâmpagos no céu.

Quando por fim a manhã,
Cintilante, vem secar,
Nas bermas e nas valetas,
A água da tempestade,

Só as tílias seculares,
Cheias de perfume e flor,
Nos olham com o olhar
De quem passou mal a noite.

Versos de Iuri Jivago (1957)
Tradução de David Mourão-Ferreira

 

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Flores poéticas

25 Quarta-feira Jan 2012

Posted by viciodapoesia in Convite à arte, Poesia Antiga

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Luis Filippe Leite, Marc Chagall

Também ama!

Não apanhes, ó donzela,
Essa florinha singela,
Que entre teus dedos medrosa
Já se agita com tremor:
Como tu também formosa,
Inocente quanto esquiva,
Ei-la aí já pensativa,
Porque também sente amor.

À mais bela criatura,
Não faças a travessura
De roubar-lhe a pátria e tudo:
Que mal te fez a infeliz?
Nessa cama de veludo,
A filha da Primavera,
Cuidadosa, alguém espera…!
Ouçamos o que ela diz:

“Borboleta, como tardas!
Borboleta, porque aguardas?
Oh! Não sabes quanto eu amo?
Tu não vês sumir-se a luz?
Inda hoje no meu ramo
Não poisaste, mensageira
Da florinha feiticeira,
Que de longe me seduz!”

Cala… Eis chega a borboleta,
Asas d’oiro e violeta;
Poisou na flor que embalança;
Dentro nela se escondeu…
Que lhe segreda?… uma esp’rança…!
Oh! Não colhas, não, donzela,
Essa florinha singela,
Que é mais venturosa que eu!

Encontrei  este poema de um desconhecido Luís Filippe Leite no Almanaque de Lembranças para 1852.
Estranha forma de falar de amor a uma donzela naquele meado do século XIX, relatando uma paixão entre duas flores mediada por uma borboleta. Vejam como os jovens à época se entretinham nos seus jogos de paixão.
Adormecido nas páginas de uma publicação que hoje ninguém lê, ei-lo a vogar no mundo da net neste tecnológico século XXI.

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