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Tag Archives: Lucas Cranach

Rostos do século XVI por Lucas Cranach o Velho (1472-1553)

13 Sexta-feira Jul 2012

Posted by viciodapoesia in Convite à arte

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Lucas Cranach

Mestre singular, Lucas Cranach o Velho (1472-1553), transporta-nos, com a sua pintura, a um mundo social peculiar para o homem do século XXI. Nos gestos, feições e adereços dos retratados surge-nos uma humanidade que estranhamos possa ter existido. Deixo-vos com alguns desses personagens.

Depois desta colecção de beldades chega a vez dos homens. Haverá leitoras do blog capazes de se apaixonar por algum deles? Se tal acontecer, façam-mo saber, por favor!

E que me dizeis do imperador Carlos V, dono do mundo enquanto viveu?

Diz o ditado e é provavelmente verdade: cada ovelha encontra a sua parelha, e os casais que vêem a seguir só podem ter sido felizes.

Encerro esta viagem com os retratos dos Duques da Saxónia em 1514. O duque, garboso moço no seu fato listrado com boina, de fazer inveja à mais delirante moda dos nossos dias, e a duquesa uma santa senhora, certamente, a julgar pelo olhar que nos envia. O conjunto acompanhado por cães a condizer!

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A prostituição na poesia (5) – Niquita de Flandres, meretriz egrégia: poema de António Beccadelli, o Panormita (1394-1471)

12 Quinta-feira Jul 2012

Posted by viciodapoesia in A mulher imaginada, Convite à arte, Poesia Antiga

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António Beccadelli, Lucas Cranach

A mais antiga profissão do mundo tem sido assunto poético, de que o século XIX deixou numerosos exemplos, muitos deles de um moralismo repelente. As referências poéticas mais antigas à prostituição feminina são raras.
Este poema de António Beccadelli (1394-1471) dito o Panormita por ter nascido em Palermo na Sicília, conta-nos, pela vós da protagonista, do orgulho de uma profissão onde os juízos morais estão ausentes: apenas a ênfase no gosto de sexo por dinheiro se nota. Leia-se então este Epitáfio de Niquita de Flandres, meretriz egrégia

Se te demoras lendo estes gravados versos,
conhecerás a croia que é sepulta aqui.
Da pátria em que nasci, por vãs promessas falsas,
raptada fui, donzela, em tenra idade, um dia.
A Flandres me gerou, andei o mundo inteiro
até estabelecer-me nesta Siena plácida.
Meu nome, e conhecido, era Niquita. Fui
a estrela do bordel, entre as demais primeira.
Fui bela e fui graciosa, e perfumada, e tinha
mais alvo do que a neve o deslumbrante corpo.
Taís nenhuma em Siena melhor que eu movia
em sábios movimentos as vibrantes ancas.
Os homens minha língua em beijos exauria
dados ainda depois de consumado o gozo.
Coberto era o meu leito de uma colcha vasta,
e a minha mão aos nervos percutia branda.
Para lavar-me tinha uma bacia sempre,
e os flancos me lambia cadelinha mansa.
Uma noite, assaltou-me um bando de rapazes,
que me teve cem vezes, sem me saciarem.
Fui doce e amena, e a muitos minha arte era grata.
Mas mais doce me foi o quanto me pagavam.

Tradução de Jorge de Sena.

Entre os grandes mestres da pintura ocidental antiga, foi o nosso já conhecido Lucas Cranach o Velho (1472-1553), quem deixou algumas pinturas figurando a prostituição. Uma abre o artigo, com outras o fecho.

Termino com o que é um caso raro na pintura ocidental, a figuração provável da prostituição maculina.

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Adão e Eva pintados por Lucas Cranach, o velho

05 Domingo Fev 2012

Posted by viciodapoesia in Convite à arte

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Lucas Cranach

Lucas Cranach, o velho (1472-1553), pintor germânico em actividade na primeira metade do século XVI, ficou para a história da pintura ocidental pela excelência dos seus retratos e por introduzir na pintura alemã a sensualidade dos nus femininos através das alegorias pictóricas de Adão e Eva, sobretudo, mas também utilizando outras figuras e cenas mitológicas.

Reúno a seguir algumas dessas pinturas figurando Adão e Eva numa sequência  que suponho cronológica, onde é um prazer seguir as peripécias da maçã e observar a variedade intencional nas feições e atitudes do par Adão e Eva através das várias obras.

Pinturas de sedução, as representações de Adão e Eva permitem dar conta em cada época  a que a pintura pertence, do papel da mulher nestes jogos de provocação e desejo, que a incitação  a comer a maçã traduz.

Com estes casais representando Adão e Eva estamos longe de qualquer beleza canónica  ou ideal, mas perante imperfeitos e comuns mortais, jovens homens e mulheres, nas idades em que é adequada a descoberta do amor.

De todas as pinturas talvez a terceira seja a mais eloquente na indecisão de Adão em aceitar a maçã, traduzida no gesto de coçar a cabeça. Mas em todas a linguagem corporal permite acompanhar um mundo de intenções e de não ditos que à época eram afinal, interditos.

Estas são pinturas dos exaltados tempos da Reforma de Martinho Lutero, de quem Lucas Cranach foi amigo e prosélito. Encontram-se entre as melhores e mais famosas pinturas suas os retratos de Lutero.

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