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NASCEMOS PARA O SONO
Nascemos para o sono,
nascemos para o sonho.
Não foi para viver que viemos sobre a terra.
Breve apenas seremos erva que reverdece:
verdes os corações e as pétalas estendidas.
Porque o corpo é uma flor muito fresca e mortal.
Poema mexicano do ciclo Nauatle mudado para português por Herberto Helder, transcrito do livro O BEBEDOR NOCTURNO e publicado por Assírio & Alvim em 2010.
O náhuatl, em português nauatle, é uma lingua pré-colombiana ainda hoje falada em algumas partes do México.
A poesia em náhuatl tem características cosmogónicas, explicando a origem do universo e fixando o lugar e papel do homem nele.
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