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Amor é o olhar total num poema de Fiama Hasse Pais Brandão

08 Domingo Out 2017

Posted by viciodapoesia in Poetas e Poemas

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Fiama Hasse Pais brandão, Píerre-Auguste Renoir

E de novo o amor! Aquele não-sei-quê físico que incendeia a alma e inexplicavelmente nos agarra, ou como escreve superiormente Fiama Hasse Pais Brandão (1938-2007) no poema de hoje:

 

Amor é o olhar total, que nunca pode
ser cantado nos poemas ou na música,
…

 

 

Fiama fala de amor como absoluto físico sem um entendimento de relação, e aí surge como estranho. Que amor é este tão-só próprio e bastante como a poetisa refere? Escorre … como chuva cai / na minha cara …, e depois? Há sempre um depois a que o poema foge deixando-nos apenas um …  em si mesmo absoluto táctil, … que à maior parte de nós deixa certamente insatisfeitos. Ao físico o amor exige sempre o psicológico que nesta definição está ausente. Parece antes o poema do amor-instante que se espera seja eterno. Será?

 

 

 

Amor é o olhar total, que nunca pode
ser cantado nos poemas ou na música,
porque é tão-só próprio e bastante,
e em si mesmo absoluto táctil,
que me cega, como chuva cai
na minha cara, de faces nuas,
oferecidas sempre apenas à água.

 

 

O amor escrito nos livros tem sempre pouco a ver com a complexidade da vida real, mas na sua variedade ajuda-nos a percebê-lo melhor em nós e nos outros.

Abre o artigo a imagem de uma pintura de Renoir (1841-1919), Mulher a ler.

 

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Manhã, ergo cogito – Um poema de Fiama

23 Quarta-feira Mar 2011

Posted by viciodapoesia in Convite à fotografia, Poetas e Poemas

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Fiama Hasse Pais brandão

Hoje a vida levou-me ao encontro de campos e prados logo pela manhã.

Andando, acabei por chegar ao mar.  O oceano, sereno, deixava ver um horizonte sem mácula.

Encontro em Fiama Hasse Pais Brandão (1938-2007) os poemas próximo desta atmosfera plácida e escolho

 

Manhã, ergo cogito


A janela pálida reflorida

no ar cada vez mais visivel.

Também o prado revive

longe, depois de ter bebido

a sua água que dá

ao ar visibilidade.

Tão nítido, estendido numa colina.

 


Noticia bibliográfica:

O poema de Fiama Hasse Pais Brandão pertence ao grupo ENTRE OS ÂMAGOS incluído em Obra Breve e publicado por Editorial Teorema em 1991.

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