Etiquetas
Velha cidade silenciosa…
O perfume das flores flutuando
e à noite um sino a cantar.
**
Na ressaca da maré
pequenas conchas brilhantes
matizadas com pétalas de trevo.
***
Purificar, gotas de orvalho
em vossa tão breve água
estas mãos escuras e vivas!
****
Silêncio profundo!
Até o cantar dos grilos
está escondido nas rochas…
*****
Acorda! O céu iluminou-se!
Vamos novamente para a rua
amiga borboleta.
******
Ouçam o velho tanque.
O ruído de rãs saltando
em águas onde nadei.
Poemas de Matsuo Bashô (1644-1694) em traduções de Casimiro de Brito (1938) publicadas em POEMAS ORIENTAIS, hai-cais, 1958-1963.
Transcritos de Ode & Ceia, Poesia 1955-1984, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1985.
Acompanha esta poesia uma imagem da pintura de Kenzo Okada (1902-1982).
Pesquisando no blog por Haiku, encontrará o leitor curioso outros poemas e também considerações sobre a técnica do Haiku.