Cantam amanhãs na radio, fingindo que são noticia.
Promessas de enganar tolos cobrem o ar pelo meio
vendendo com despudor
ideias de harmonia
extraídas uma vez mais
do bafiento baú
onde guardamos os sonhos que nos deram a tragédia
vivida com convicção.
Fecham-se as portas de Abril na mesquinhez da incúria
e na sobre-facturação dos guardiões encartados
enquanto a gente procura
as promessas consentidas
no seu caixote do lixo.
Sobre a mesa corre a vista
à procura do lugar sentado para o banquete
dos faustos da liberdade.
viciodapoesia