Etiquetas
Fechemos o Dia Internacional da Mulher com o canto à feminilidade vindo das esculturas de Henry Moore (1898 -1986) e um soneto de Christina Rossetti (1830-1894) – Remember – no final.
Remember
Remember me when I am gone away
Gone far away into the silent land;
When you can no more hold me by the hand,
Nor I half turn to go yet turning stay.
Remember me when no more day by day
You tell me of our future that you planned:
Only remember me; you understand
It will be late to counsel then or pray.
Yet if you should forget me for a while
And afterwards remember, do not grieve:
For if the darkness and corruption leave
A vestige of the thoughts that once I had,
Better by far you should forget and smile
Than that you should remember and be sad.
Manuel Bandeira (1886-1968), contemporâneo de Henry Moore, traduziu este soneto. A tradução foi publicada no livro Estrela da Manhã, edição de 1936, em 47 exemplares.
Remember
Recorda-te de mim quando eu embora
For para o chão silente e desolado;
Quando não te tiver mais a meu lado
E sombra vã chorar por quem me chora.
Quando não mais puderes, hora a hora,
Falar-me no futuro que hás sonhado,
Ah de mim te recorda e do passado,
Delícia do presente por agora.
No entanto, se algum dia me olvidares
E depois te lembrares novamente,
Não chores: que se em meio aos meus pesares
Um resto houver do afecto que em mim viste,
— Melhor é me esqueceres, mas contente,
Que me lembrares e ficares triste.