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Amor, água, e poesia, trilogia para limpar o mundo, e fazê-lo à nossa medida, é o postulado de William Carlos Williams(1883-1963) no poema Riposte. São parte do essencial da vida, como o ar que respiramos, e por isso, o poeta nos aconselha a que os fechemos under lock and key, para que não se percam.
A tradução de José Manuel Mendes acompanha de forma precisa o original, dando-nos em português um poema magnífico.
Réplica
O amor é como a água,
queridos concidadãos:
purifica e dissipa os gases nocivos.
É como a poesia também
e pelas mesmas razões.
O amor é um tesouro de tal modo valioso,
queridos concidadãos,
que, no vosso lugar,
a sete chaves o guardaria…
como o ar ou o Atlântico ou
como a poesia!
Tradução de José Manuel Mendes
in Cinzas da Véspera, Ed. do Autor, 2012.
Poema original
Riposte
Love is like water or the air
my townspeople;
it cleanses, and dissipates evil gases.
It is like poetry too
and for the same reasons.
Love is so precious
my townspeople
that if I were you I would
have it under lock and key—
like the air or the Atlantic or
like poetry!
Publicado pela primeira vez no livro Al Que Quiere! A Book of Poems, 1917.
Transcrito de The Collected Poems of William Carlos Williams, vol.I 1909-1939, New Directions, 1991.
Abre o artigo a imagem de um detalhe de uma pintura de Richard Diebenkorn (1922-1993), Ocean Park #79.
Olá
A cada leitura dessa página, renovo minha paixão pela Poesia. Seleção perfeita, imagens magníficas e leitura agradável. Obrigada por esses momentos.
Abraço
Sandra Paim Dias
Enviado do tablet Samsung.
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Sandra, obrigado. Só desejo que continue a sentir o mesmo a cada nova leitura.
Até breve.
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Poesia/amor, suprema beleza que se deverá silenciar, para não oxidar….Maravilha. Grata. Maria Cília
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Obrigado.
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Há um bom tempo que não visitava este blog, que continua magnífico. A ver se sou mais assídua pois vale muito a pena. William Carlos Williams é um excelente poeta muito pouco conhecido. E espero até ao final deste ano ter uma surpresa para o autor deste blog, apaixonado, tal como eu, pela poesia de Irene Lisboa. 🙂
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Obrigado pelo comentário e venha a surpresa. Até breve.
Carlos Mendonça Lopes
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