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Rogier van der WEYDEN - Deposição 9São ínvios os caminhos entre a razão e a crença. Matéria de fé e reserva de cada um, a Paixão de Cristo que o calendário cristão assinala faz-me trazer ao blog a evocação de Santo Agostinho (364-430) sobre a sua conversão cristã e a necessidade de Deus; e arquivar no blog as prodigiosas imagens da pintura de  Rogier van der Weyden (1400-1464), Deposição de Cristo, do Museu do Prado, pintada cerca de 1435.

Rogier van der WEYDEN - Deposição 2

TARDE VOS AMEI

 

Tarde Vos amei, Ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei.

Habitáveis longamente dentro de mim, e eis-me lá fora a procurar-Vos.

Dispersava-me entre as formosuras que criastes.

Estáveis já comigo, sem que eu estivesse convosco!

Demorava-me naquilo que não existiria se não existisse por Vós.

Até que rompestes minha surdez, chamando por mim com voz tão forte.

Brilhastes, cintilastes por dentro da minha cegueira.

Exaltastes perfume: respirei-o e desejei-Vos com todas as forças.

Saboreei-Vos, e agora padeço de fome, morro de sede.

Tocastes-me, e sem a Vossa paz, sei que nunca mais terei paz!

 

Agostinho de Hipona

Rogier van der WEYDEN - Deposição 5

Rogier van der WEYDEN - Deposição 6

Rogier van der WEYDEN - Deposição 7

Rogier van der WEYDEN - Deposição 8

 

Rogier van der WEYDEN - Deposição 3

Rogier van der WEYDEN - Deposição 1