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Sabemos todos, ainda que nos apeteça esquecer, que a mensagem publicitaria, no melhor dos casos, faz da parte boa o todo que nos anuncia.
Ao ver as fotos que pessoa amiga me enviou hoje de Luzern (Lucerna), na Suíça, recordei uma campanha publicitária que na tentativa de vender uma imagem de paraíso da Suíça, um publicitário imaginou para a promoção turística do país associada a um fabricante de relógios e joalharia. Imaginou ele, neste caso ela, o mundo de brincar que vos mostro hoje, pretendendo fazer crer que aquela atmosfera lá se encontra. Será?
Estes publicitários são uns exagerados, dizia há anos um deles.
Termino com o poema de Paul Celan (1920-1970) Gelo, Éden.
Gelo, Éden
Num País Perdido andou
a lua pelo juncal,
e o que connosco gelou
vê e arde como um sol.
Vê, tem olhos como os mais,
dois mundos claros de esperança.
Noite, noite, pantanais,
vê, tem olhos, a criança.
Vê, vê, nós estamos a vê-lo,
vejo-te a ti, tu a mim.
Ressuscitará o gelo
antes da hora do fim.
O poema pertence ao livro A Rosa de Ninguém em tradução de João Barrento.
Os desenhos são de Malika Favre, designer francesa, e foram concebidos para uma campanha “Velo chic” do grupo Bucherer em 2012.