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O encontro em Viena com um alargado número de obras de Egon Schiele (1890-1918) foi de uma profunda perturbação. Na fragilidade do papel, no inacabado da pintura, é a precariedade da vida que se sente.
Falo sobretudo dos nus femininos.
Mulheres torturadas, agressivas, ou despojadas de um mínimo de dignidade,
interrogam-nos umas vezes sobre a existência de uma dimensão sórdida do feminino,
outras dão a ver a inocência atrevida da adolescência.
Temos quase sempre uma imagem da mulher em que a dimensão do sexo se sobrepõe a outros aspectos do humano existir, surgindo como razão de vida naqueles seres, o apetite dos corpos onde a beleza está ausente.
Há um desvanecer-se de si na coloração fragmentada ou parcial que transmite a fragilidade de todos aqueles seres humanos, a quem a arte, no capricho do desenho do pintor, acrescenta a tortura de existir.
Deixo-vos com mais algumas escolhas entre as dezenas possíveis.
Amei! Posso usar uma das imagens no meu blog?
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Surreal!
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Infelismente, tentei postar um comentrio vrias vezes, sem xito. Desisto.
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