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Pieter Jansz SAENREDAM (1597-1665) – 1657

É o poder económico da burguesia holandesa, associado à religião que dispensa a iconografia sagrada, o determinante na alteração dos temas na pintura holandesa a partir de final do século XVI.
Surgem por esta época as cenas de domesticidade e quotidiano, atribuindo uma dignidade à vida de todos os dias e à gente burguesa e humilde, até aí recusadas como matéria digna de ser pintada, e que nos países católicos permaneceu até ao século XVIII.
É nesta pintura, comummente conhecida por pintura de género, que encontro muitos dos quadros que fazem a minha delicia. Pedindo de empréstimo a Tzvetan Todorov o titulo de um seu ensaio famoso, é do elogio do quotidiano que esta pintura trata.
Os clientes procuraram na pintura rever as suas vidas e como escreveu Hegel “eles querem encontrar nos seus quadros a limpeza das suas cidades e o gozo da sua paz doméstica”.
Se para a paz doméstica são arqui-conhecidas as pinturas de Vermeer, embora Pieter de Hooch não lhe fique atrás, os pintores que nos deram a atmosfera das cidades referida por Hegel têm uma visibilidade, hoje, muito menor.
Reuni algumas destas vistas urbanas holandesas, dando conta de uma arrumação e limpeza em consonância com a imagem que as suas populações pretendiam perpetuar. Para um engenheiro civil os detalhes da arquitectura acrescentam um sabor especial a cada quadro.

Pieter Jansz SAENREDAM (1597-1665) – 1662

Jan van der HEYDEN (1637-1712) Delft

Jan van der HEYDEN (1637-1712)

Jan van der HEYDEN (1637-1712)

Jan van der HEYDEN (1637-1712)

  Cornelis de MAN (1621-1706) – Delft