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Às vezes trata-se apenas de olhar para cima e disparar a máquina fotográfica, longe de propósitos documentais, artísticos, filosóficos, ou outras tretas para caucionar um prazer.
E de prazer em prazer, trago-vos um poema de Manuel de Freitas (1972) do BÜCHLEIN FÜR JOHANN SEBASTIAN BACH:
LEONHARDT, 1990
Antes mesmo de perder a esperança,
pedi um cigarro a ombros coitados
suportando a pena. Grande,
tão grande, a ferida. “Erbarme
dich…”. E não me lembrei do resto.
René Jacobs, van Egmond,
alguma tristeza a mais.
Nota musical sobre o poema: “Erbarme dich…” evoca a ária para alto Erbarme dich, mein Gott (Tende piedade, meu Deus), nº39 da Paixão segundo S. Mateus de João Sebastião Bach, e evoca também uma interpretação particular, a gravação da Paixão por Gustav Leonhardt em 1990, cantada pelo contra-tenor René Jacobs.
Deixo, para quem não conheça, essa interpretação da ária.