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As regras do jogo masculino/feminino segundo Gioconda Belli em Dia da Mulher

08 Quinta-feira Mar 2012

Posted by viciodapoesia in Convite à arte, Poetas e Poemas

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Gioconda Belli, Picasso

Pensei assinalar no blog o Dia Internacional da Mulher com um conjunto de poemas em que poetisas de diferentes partes do mundo lêem o homem. A extensão das escolhas que fiz obriga-me a repartir os poemas por vários artigos que irão surgindo nos próximos dias numa dilatada comemoração, que bem vistas as coisas acontece quase em cada artigo já publicado no blog.

Voemos para início de viagem até à Nicarágua e aprendamos com Gioconda Belli (1948) as Reglas del juego para los hombres que quierem amar a mujeres mujeres.

Uma das lições que mais gostei foi saber do desejo de con caricias tocará mi vientre como guitarra / para que brote música y alegria / desde el fondo de mi cuerpo.

Ao longo do poema, de par com a explicitação de como uma mulher pretende que El hombre que me ame  a veja, a sinta e a trate, surge uma ideia do masculino que não sei até que ponto é ainda actual:

El amor de mi hombre / no le huirá a las cocinas, / ni a los pañales del hijo, ou ainda ni temerá descubrirse ante la magia del enamoramiento / en una plaza llena de multitudes.

 Transcrevo  o original em castelhano, lingua que penso acessível aos leitores do blog, com o desejo de que esta lição dê frutos.

 

Reglas del juego para los hombres que quierem amar a mujeres mujeres.

I

El hombre que me ame

deberá saber descorrer las cortinas de la piel,

encontrar la profundidad de mis ojos

y conocer  lo que anida en mí,

la golondrina transparente de la ternura.

 

II

El hombre que me ame

no querrá poseerme como una mercancía,

ni exhibirme como un trofeo de caza,

sabrá estar a mi lado

con el mismo amor

conque yo estaré al lado suyo.

 

III

El amor del hombre que me ame

será fuerte como los árboles de ceibo,

protector y seguro como ellos,

limpio como una mañana de diciembre.

 

IV

El hombre que me ame

no dudará de mi sonrisa

ni temerá la abundancia de mi pelo,

respetará la tristeza, el silencio

y con caricias tocará mi vientre como guitarra

para que brote música y alegria

desde el fondo de mi cuerpo.

 

V

El hombre que me ame

podrá encontrar em mí

la hamaca donde descansar

el pesado fardo de sus preocupaciones,

la amiga con quien compartir sus íntimos secretos,

el lago donde flotar

sin miedo de que el ancla del compromiso

le impida volar cuando se le ocurra ser pájaro.

 

VI

El hombre que me ame

hará poesía con su vida,

construiendo cada día

com la mirada puesta en el futuro.

 

 VII

Por sobre todas las cosas,

el hombre que me ame

deberá amar al pueblo

no como una abstracta palabra

sacada de la manga,

sino como algo real, concreto,

ante quien rendir homenaje con acciones

y dar la vida si es necessario.

 

 VIII

El hombre que me ame

reconocerá mi rostro en la trinchera

rodilla en tierra me amará

mientras los dos disparamos juntos

contra el enemigo.

 

 IX

El amor de mi hombre

no conocerá el miedo a la entrega,

ni temerá descubrirse ante la magia del enamoramiento

en una plaza llena de multitudes.

Podrá gritar – te quiero –

o hacer rótulos en lo alto de los edificios

proclamando su derecho a sentir

el más hermoso y humano de los sentimientos.

 

 X

El amor de mi hombre

no le huirá a las cocinas,

ni a los pañales del hijo,

será como un viento fresco

llevándose entre nubes de sueño y de pasado,

las debilidades que, por siglos, nos mantuvieron separados

como seres de distinta estatura.

 

 XI

El amor de mi hombre

no querrá rotularme y etiquetarme,

me dará aire, espacio,

alimento para crecer y ser mejor,

como una Revolutión

que hace de cada día

el comienzo de una nueva victoria.

Publicado em El ojo de la mujer, 1991.

 

Deixo-vos com o retrato de mais um fauno pintado por Picasso, que, provavelmente, não aprenderá nada com a lição.

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Picasso Suite 347

10 Domingo Abr 2011

Posted by viciodapoesia in Convite à arte

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Avant-Garde, Picasso, Suite 347

Enquanto não regressa em força a poesia, deixo à admiração dos visitantes algumas gravuras da Suite 347 de Picasso, produzida em 1968.

O nome decorre do total de gravuras produzido entre 16 de Março e 5 de Outubro de 1968. Constituem um tributo do artista aos luxuriantes prazeres de Eros quando tinha apenas 87 anos.

No seu conjunto traduzem uma soberba afirmação da sexualidade como uma revivificante força na vida e na arte.

Durante oito meses, os impressores Aldo e Pierre Crommelynck, instalaram-se na Villa de Picasso em Mougins, na Riviera francesa, com um prensa litográfica que permitiu a impressão das litografias à medida que iam sendo criadas directamente na chapa pelo mestre. O conjunto constitui uma assombrosa variedade das aptidões do artista no dominio da técnica da litografia.

Exibidas simultâneamente na Galeria Louise Leiris em Paris e no Art Institute of Chicago, nesse inverno, circularam posteriormente por algumas capitais do mundo. e os 50 exemplares assinados da tiragem desapareceram nos cofres dos coleccionadores.

Afortunadamente, a Random House/Maecenas Press de Nova Iorque procedeu à edição integral do conjunto em dois  volumes, em 1971.

Uma pequeníssima parte das gravuras foi objecto de publicação num  número especial da revista Avant Garde de Nova Iorque em 1969, com um belissimo arranjo gráfico.

E agora algumas gravuras, não muitas, pois o espaço do blog não o permite.

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