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Nesta fotografia, homenagem à obra de Magritte (1898-1967), é a reflexão sobre o significado do que vemos além do olhar, para onde toda a sua pintura nos convoca, que pretendo registar. Segue-se a pintura que lhe deu origem.
Numa cena notável do filme O caso Thomas Crown, remake, a ilusão criada pela multiplicação da mesma imagem inspirada na pintura de Magritte com um vulto de homem com sobretudo, chapéu de coco e maçã na cara, impedindo o reconhecimento do personagem procurado no museu, quando supostamente pretende devolver a pintura de Monet roubada, é um caso particularmente feliz desta reflexão, que de resto todo o filme é, ao fazer girar o argumento em torno da pintura autentica e da sua imitação.
Evidentemente para lá do caso humano que a história protagoniza naquela leveza de champanhe que o faz um dos meus filmes preferidos de sempre, não contribui menos para essa preferência a cena de dança que se constitui o momento de viragem na história, deixando os personagens de Pierce Brosnan/René Russo de ser adversários para passarem a ser cúmplices apaixonados. O vestido negro transparente com que René Russo perde a cabeça, julgando estar a caçar, contribui decisivamente para que esta seja uma das cenas de maior erotismo no cinema alguma vez filmadas.
Termino convidando-vos a olhar o mundo na perspectiva Magritte, depois de nestes dias vos ter arrastado ao prosaico quotidiano.
Primeiro a mobilidade:
Segue-se a paisagem e a natureza
Temos em cima, e em baixo, o homem … e a mulher
Terminemos com dois retratos da mulher imaginada pelo pintor: o rosto e em corpo inteiro