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Entre azáfama e melancolia foge o tempo com o Natal no horizonte. Cada ano assiste à luta da memória com a circunstância, na exigência da aprendizagem permanente que a vida obriga. Há sempre mundos perdidos para que outros sejam ganhos, ainda que um canto para a nostalgia possa ser reservado.
Canção do Mundo Perdido
Menino: o teu mundo,
Também já foi meu;
Tão belo e profundo,
Tão perto do céu!
Mas o tempo veio
E fez-me (tão cedo!)
Acordar, a meio
Do sonho mais ledo.
A chave emprestada,
Quis restituída;
Ou antes: trocada
P’la chave da vida.
Poema de Carlos Queiroz (1907-1949), transcrito de Desaparecido e Outros Poemas, Livraria Bertrand, Lisboa, 1950.
Que o blog seja um lugar de descobertas gratificantes é um enorme prazer. Obrigado pelos vossos comentários.
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Não conhecia… Lindíssimo. Obrigada
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Poema…imagem…belíssimos!
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