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Jean-Baptiste-Camille Corot 01O pessoal antigo socorria-se de pretextos, os mais diversos, para pintar mulheres nuas. Ele eram odaliscas, ele eram Afrodites, ele eram Vénus, e por aí fora. Lá por meados do século XIX, com o triunfo do realismo nas artes e uma substancial alteração da moral em França, as mulheres começam a surgir sem roupa nas pinturas, dispensando os pretextos mitológicos. E quando chegamos ao final do século XIX, consolidada uma certa liberdade visual, os banhos de mulheres nuas em grupo e ao ar livre, abundam.

Ingres pintou, a par de Courbet, e de forma naturalista, algumas as mais belas, dando à pintura a palpitação da carne. No entanto, a escolha de hoje cai sobre uma obra de Jean-Baptiste-Camile Corot (1796-1875), e é quase singular na obra do mestre, cuja actividade pictórica se desenvolveu sobretudo na paisagem.

A pintura, na harmonia do colorido e na serenidade da pose, convida à suave contemplação do belo corpo da jovem que se penteia, e aqui fica em detalhe.

Jean-Baptiste-Camille Corot 02