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Para além das considerações sociológicas ou de escola artística, interessa-me sobretudo, ao ver a pintura de Edward Hopper (1882-1967) a emoção que cada quadro desprende. A frieza das cores toca-nos quase à flor da pele. Atenho-me sobretudo aos retratos de mulheres sós, mesmo quando nos surgem acompanhadas. Transmitem sempre uma pungente solidão.

Estas mulheres pintadas por Edward Hopper esperam, quase sempre sentadas, a chegada do amor(?), ou simplesmente anseiam pelo conforto de uma presença humana quando nos surgem rodeadas de desconhecidos?

Aparentam ser mulheres de classe media ou media-alta, envolvidas por um ambiente de conforto, às vezes olhando o mundo exterior através de um vidro-filtro, outras vezes expectantes. Apenas! O mundo exterior é desconhecido neste universo, ou não importa.

Ei-las:

Testemunho maior desta solidão acompanhada é provavelmente “Gente ao sol” de 1960, com que termino este curta visita.